Principais
DEMANDAS
EMERGENCIAIS

na percepção das lideranças
nosTERRITÓRIOS¹
MAIS VULNERÁVEIS
Aos impactos da pandemia
de COVID-19 em Campinas.

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Territórios foco da pesquisa: Conj. Hab. Vida Nova, pq. Floresta/Bassoli, Região dos DICs, Jd. Campo Belo, Jd. São Marcos,
Região San Martin, Jd. Flamboyant, Região Oziel/Monte Cristo, Região Castelo Branco e Jd. Itatinga.
Neste momento de crise, a Fundação FEAC reitera seu compromisso com a promoção humana, a assistência e o bem-estar social com foco na população em situação de vulnerabilidade social em Campinas/SP.

Estamos acompanhando atentamente os desdobramentos da pandemia, o posicionamento do poder público e as medidas anunciadas em diversas esferas para entender a extensão e impacto nas Organizações da Sociedade Civil (OSC) e para as populações em situação de vulnerabilidade social.
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Com a propagação do novo Coronavírus (COVID-19) no Brasil e a implantação de medidas de isolamento social necessárias tivemos um grande impacto E AGRAVAMENTO DAS VULNERABILIDADES NESTES TERRITÓRIOS E NA VIDA DAS PESSOAS, sendo necessário colocar em prática soluções para que seja garantida uma rede de proteção social aos grupos mais vulneráveis.
Neste estudo, buscamos revelar os pontos mais
sensíveis do agravamento das desigualdades
sociais
e fragilidades da garantia integral dos direitos
humanos. Seu resultado serve como importante marco
referencial para tomada de decisões estratégicas na
mitigação desses efeitos.

Destacamos as demandas emergenciais,
apontadas pelas lideranças de dez
territórios
com alta densidade demográfica apontados
no estudo “Mapeamento das populações mais vulneráveis ao
coronavírus e as áreas de risco em Campinas” como áreas de
atenção e alto risco de contágio.
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A pesquisa foi realizada a partir de entrevistas por
telefone com 48 lideranças locais, moradores e
técnicos dos serviços de proteção social, educação e
saúde
entre os dias 01 ao dia 08 de junho.

perfil das lideranças
entrevistadas na pesquisa

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quais foram os 10 territórios
avaliados nesta pesquisa

Definição das Legendas


crítica




Demanda em situação em progressivo estado de deterioração e cuja as ações de contenção tem se mostrado ineficazes ou não existem.

precária




Demanda em situação fragilizada com grande possibilidade de piora a qualquer momento.


preocupante




Demanda em ponto de alerta e com risco real de agravamento.

mencionada




Demanda citada.

não
mencionada




Demanda não citada.
Confira abaixo as
demandas emergenciais
levantadas pelos líderes locais.

segurança alimentar

Segurança alimentar é a garantia do direito de todos ao acesso a alimentos de qualidade, em quantidades suficiente e de modo permanente. Esse é considerado o aspecto mais fundamental entre os Direitos Humanos: combater a fome, a subnutrição infantil e garantir três refeições diárias aparece como demanda crítica para a maioria dos entrevistados.

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Segundo os entrevistados, garantir a oferta de alimentos às famílias em situação de vulnerabilidade é a demanda
mais desafiadora neste momento.
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69%
dos entrevistados apontam este aspecto como crítico, revelando a urgência de ações de distribuição de donativos, ou garantia de renda mínima para aquisição de gêneros alimentícios.
Esse cenário, além de ter sido agravado pela perda de emprego de muitas pessoas, também conta com programas de suporte alimentar governamental nas diferentes esferas: federal, estadual e municipal insuficientes.Organizações da sociedade civil e empresas também não conseguiram agir com ações suficientemente necessárias devido a grande demanda nesta área.
O foco das doações de alimentos que chegam é muito voltado para os alimentos mais básicos, sem proteína. As pessoas estão se alimentando muito mal nesse período.
Liderança Jd. Bassoli

auxílios, benefícios
e manutenção da renda

O benefício de auxílio emergencial é, neste momento, o
principal benefício para o enfrentamento às
dificuldades de manutenção da renda.

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O auxílio emergencial é para muitos a única fonte de renda da família.
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Para

61%
dos entrevistados, a possibilidade da manutenção de renda pela população mais vulnerável é crítica, apontando que muitos não tiveram acesso ao programa de transferência de renda e outros benefícios sociais federal, estadual ou municipal.
A situação ainda é piorada pela situação de desemprego. Sem qualquer possibilidade de garantia de renda, a
desigualdade social é acentuada e situação de vulnerabilidade ainda mais agravada.
Temos uma demanda enorme por leite, mas muitas pessoas não conseguem acessar o programa ‘Viva Leite’ por não fazer parte de nenhum cadastro.
Liderança Jd. Bassoli

outras demandas citadas
pelas lideranças dos dez
territórios analisados:


escolha a demanda abaixo

emprego

Os impactos econômicos durante a pandemia são evidentes e podem se agravar mais com a recessão econômica iminente. Os trabalhadores informais ficaram vulneráveis e, em sua maioria, perderam fonte de renda.

Grafico FEAC

Nos territórios de maior vulnerabilidade a relação de trabalho informal é a principal fonte de recursos da população, que trabalha por conta própria ou sem registro em carteira, a exemplo das trabalhadoras domésticas ou operários da construção civil.

Para 59% das lideranças entrevistadas, a condição do emprego é crítica, devido ao encerramento dos postos de trabalho.

Para um dos entrevistados do Jd. Bassoli, o desemprego gerou ainda mais impacto para as mulheres chefes de família, em sua maioria empregadas domésticas, que tiveram suas relações de trabalho interrompidas pelo cenário atual.

ficha técnica

Núcleo de Inteligência Social:
Joyce Setubal
Thainá Oliveira

Programa Mobilização para Autonomia:
Regiane Fayan

Programa Desenvolvimento Local:
Dione Barbieri Junior

Superintendência Socioeducativa:
Jair Resende

Consultoria para Suporte Metodológico:
Leandro Pinheiro

Entrevistadoras:
Viviane Machado, Bárbara Suzuki , Marcela Doni, Natalia Valente, Tatiane Zamai, Thainá Oliveira, Regiane Fayan, Ana Lídia Puccini, Dione Barbieri, Stelle Goso e Amanda Souza